segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Eu voltei e agora é pra ficar?

Estou voltando a me proporcionar o direito de ficar sozinha. Uma irmã de axé me disse que eu tinha que ficar sozinha para me conhecer melhor e que a minha teimosia em não experienciar estar apenas comigo mesma me custaria caro. Claro! O pânico que passei pela experiência quase-morte que vivi me deixou ansiosa para viver um monte de coisas, de gentes, de bichos, de lugares. Sim, viver muito e tão intensamente a ponto de exaurir toda a minha força de vez! E assim como diz a canção, “a gente espera do mundo e o mundo espera de nós um pouco mais de paciência”.

Escolho um tipo de solidão que seja menos egocentrada e vorazmente interessante, resolvi escrever. Porque traduzir em palavras o que as nossas lentes captam em frações de segundos ou ainda os lampejos que a vida impõe aos corações da gente, é muito bom! Ah, dei um tempo do Facebook... Rouba tempo demais e a interatividade é tão extrema que não estava mais processando aquele tanto de informações. Um dia eu volto, quem sabe...

Desde já, vou trocar o nome do blog, achei meio piegas como era. Meu blog agora chama-se Amor de Mulher Preta, sim, como um grupo que fundei no Facebook há quase dois anos. Lá discutia com as mulheres e com alguns homens as nossas tantas nuances como mulheres negras... Demandas afetivas são geralmente o que nós mais tratávamos, não apenas na dimensão conjugal, mas de forma mais ampliada, nas dimensões da estética, do mundo do trabalho, da moda, nos cosméticos... Ah, em tudo!

Enfim, está aberta a nova temporada, mas não sei se é pra ficar, vou fazer alguns experimentos. Divulgar umas coisas, textos e poesias que ando dialogando e vão rolar umas crônicas também.

Inté,

Daysoca


sábado, 25 de fevereiro de 2012

Acabo de receber por email, creio ser importante dividir como todas e todos!

Esta resposta reflete de fato o que aconteceu comigo e o que acontece com muitas mulheres mundo afora. Não sou a primeira nem serei a última, mas o encorajamento para denunciar o sexismo é de suma importância.
 
Senhora Sacramento,


Li atentamente o seu texto, que me foi enviado pela Senhora Mwewa, que nos lê em cópia. De fato estarrecedor como muitas vezes as pessoas pregam uma revolução que não fazem dentro de si ou, até, abortam-na. Em muitos anos de trabalho em comunidade carente do Rio de Janeiro, assisti a fatos, como um, que brevemente lhe conto. Reunido com as agentes comunitárias de saúde (sou médico de profissão), não sei como, surgiu o tema da tirania e da opressão em nossa conversa. Perguntei a elas onde elas identificavam "tirania" e "opressão" fiquei impressionado como aquele grupo de mulheres negras e/ou mulatas e/ou curibocas tinham uma noção exata e uma leitura acurada sobre o tema, pois citaram vários atores do mundo que as oprimia e tiranizava, a saber o pai (os pais), o marido, o policial, o trocador do ônibus, o policial, entre outros, digamos assim, tiranos e opressores. Entusiasmado com o que ouvia, fiz-lhe a pergunta que cabia: "Conscientes do que me acabam de dizer, você não repassam a opressão nem a tirania, correto ?". Obtive o silêncio como resposta, todas olhando fixamente para o chão. Timidamente, elas foram revelando que repassavam sim a opressão sobre os filhos. Uma, inclusive, justificou com o mote "Bato hoje para que eles não apanhem da polícia amanhã." Sem profunda reflexão, tudo fica para consumo externo. Conheci líder estudantil inflamadíssimo sobre o palanque, bradando contra a ditadura e pela liberdade, mas que aplicava surras na companheira. Sem reflexão, apenas repetimos o que nos ensinaram, tanto para o bem como também para o mal.
Eu próprio, enquanto brasileiro mulato-cafuzo, já sofri todo tipo de preconceito, vindo de tudo quanto é lado. Nunca baixei a cabeça, nunca calei minha voz. Se minha presença incomoda, sugiro que se mudem para não me verem, pois não vou ausentar-me apenas para não "poluir" o fino ambiente de certos grupos. Não querem ver-me ? Que furem os olhos.
Lamento o que lhe ocorreu e aproveito esta mensagem para expressar-lhe minha solidariedade e dizer-lhe: coloque sim a boca no trobone, para poder olhar-se no espelho e dizer "não sou cúmplice do mal que tentaram fazer-me".

Atenciosamente,

Antônio José dos Santos
Embaixada do Brasil em Pionguiangue
República Popular Democrática da Coreia

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Quem repara violenta: mulheres negras são oprimidas pelo machismo no Ilê Aiyê

A ordem arriscada do discurso de Foucault me obriga a começar este desabafo dizendo quem eu sou e qual é o meu lugar de fala. Sou Dayse Sacramento, mulher negra, solteira, heterossexual, graduada em Letras pela Universidade Católica do Salvador, na qual fui militante do movimento estudantil, vice-diretora da rede pública estadual de uma escola em Paripe há dois anos, agora saindo do cargo para estudar, Especialista em Educação e mestranda no programa de Crítica Cultural da Universidade do Estado da Bahia, tendo como sujeitos da pesquisa meninas negras da FUNDAC, filha de Dona Angélica e neta de Dona Mariá da Liberdade. As informações que acabo de citar representam as minhas identidades que estiveram/estão em conflito depois da minha iniciação no bloco Ilê Aiyê, na terça-feira de Carnaval.

            Certamente, o currículo da minha vida revela o que representa para mim acompanhar do lado de fora da corda o “mais belo dos belos” ou estar presente na Senzala do Barro Preto para prestigiar as atividades de tão importante instituição de resistência negra no mundo inteiro. Ainda assim, para mim, acompanhar o bloco de fora, mesmo com as resistências que tenho com relação aos blocos de corda eu queria estar lá dentro, vivenciado as canções de um bloco que reverenciam a mulher negra, enaltecem a sua beleza tão diversa, composta por elementos que são fruto do preconceito racial e, principalmente, pela representação política do que estar dentro da corda representa. Ledo engano...

            Depois de acompanhar o bloco como pipoca sábado e segunda, na terça, resolvi comprar a minha fantasia para realizar uma vontade que já me acompanha a alguns anos e para acrescentar no meu discurso sobre o bloco o que é estar lá dentro, vivenciado de fato uma experiência de ser incluído (e estar dentro!) do contexto de um bloco afro de Carnaval. Entretanto, fui surpreendida por dois homens no início do percurso, os quais não havia tido o imenso desprazer de encontrar ou conhecer antes como a seguinte exclamação: “Pessoas como você sujam e envergonham o bloco Ilê Aiyê!”. Assustada, perguntei a eles se aquilo fazia parte de alguma brincadeira e o mais enfático, leia-se grosseiro, tosco e mal educado, respondeu: “Ano que vem, a gente vai botar gente como você para fora, sua indecente. Você deveria respeitar o bloco!”. Já aos prantos, me dei conta de que eles se referiam à minha fantasia reformada, apenas a blusa como um tomara-que-caia, com a barriga coberta e a saia continuava intacta, não reformei. Felizmente, eles mexeram com a pessoa certa! Pedi aos gritos, mesmo tom de voz que eles utilizaram comigo, que eles me respeitassem, que não sabiam da minha história e quem eu era e que se gostariam de me recomendar cuidado com o meu traje que isto se desse de forma educada e que fosse feito com todas as outras associadas que haviam feito reformas em suas roupas com o uso de tops, vestidos, minissaias, mistura de tecidos, etc, muitas registradas em fotografias que tirei durante o desfile. Quando eles perceberam que eu os peitei e respondi, um deles, cujo o nome é Fernando Ferreira Andrade Filho, dirigente do bloco, me segurou pelo braço e me encostou no trio em movimento e continuou a me insultar. Quando as minhas amigas viram, partiram para cima dos dois, e agora um outro, também dirigente que não consegui identificar, já segurava o meu braço dizendo: “Olha pra isso, o que é isso!”, apontando para mim, me tratando de forma “coisificada”, com desdém e mesmo com o meu apelo para que soltasse meu braço ele continuou a me humilhar e a me acuar contra o carro. Neste mesmo momento, um dos filhos do presidente do bloco, que sequer acompanhou a ocorrência largou a seguinte pérola: “Na Timbalada, ninguém faz isso!” e eu respondi: “De fato, na Timbalada, ninguém nunca me pegou pelo braço e me acuou contra um carro em movimento, nunca fui violentada lá dentro.”. Ainda não satisfeito, Fernando Ferreira, a saber médico que trabalha no HGE, me disse: “Você comprou sua fantasia nada! Sabe lá como você chegou até aqui!”. Muitos associados e associadas, ao perceberem a confusão afastaram os homens, e se solidarizaram com a situação, tentando me acalmar. Neste momento, muitas mulheres com as fantasias reformadas vieram até mim e disseram que já existe um histórico de agressões feitas por estes senhores, ou seja, já existe um histórico de agressões às mulheres associadas, cordeiras e funcionárias.

            No meu caso, quero deixar claro que “o bicho vai pegar”, que não vou recuar e que já comecei a tomar as devidas providências. Com os ânimos a flor da pele, eu e minha amigas resolvemos sair do bloco para fazer alguma coisa. A esta altura, eu já estava morta de vergonha pelos olhares de todas as pessoas de dentro e de fora do bloco para mim depois de vivenciar uma situação tão constrangedora. Preciso ressaltar que uma patrulha de policiais militares nos pararam a caminho da delegacia e ao relatar o fato eles me perguntaram se eu tinha testemunha e se eu queria dar o flagrante. Estes foram os 10 segundos mais longos da minha vida. Eu, militante da causa, admiradora do bloco e das representações que ele sempre teve para mim iria entrar no bloco, acompanhada pela instituição que historicamente reprime/ maltrata/ mata as pessoas da minha cor para retirar de lá dois dirigentes do bloco por agressão física e verbal? Logo me veio também aquilo que só uma mulher que sofreu violência sabe pelo que passei: o medo de represálias. Eu não aceitei a proposta do flagrante e não quero avaliar se ela foi ou não acertada, mas do que estou certa é que fora moralismo e o meu saudosismo político esta situação precisa de amparo, de justiça. Resolvi prestar uma queixa no Observatório do Racismo por conta da natureza do bloco e num posto conjugado da Polícia Militar em São Bento, com algumas pessoas como testemunha. Amanhã, estarei na Delegacia de Atendimento às Mulheres para complementar a ocorrência, vou ao PROCON e a procura de uma advogada ou advogado que sejam militantes da causa racial.
            Deparei-me com Vovô do Ilê, então presidente do bloco e tentei reconstituir o meu desespero. Ele então me fez a seguinte pergunta: “Você mostrou a ele a sua carteira?” e me deu as costas e saiu andando, como se eu não existisse. O bloco que incita o empoderamento das mulheres negras nas suas canções precisa concretizar este fato em ações. A instituição deve fazer uma avaliação sobre a sua estrutura e sobre as pessoas que a dirigem, principalmente em respeito à maior liderança que já teve, a Mãe Hilda. É urgente que o Ilê repense o direito e o respeito às candaces quando na sua diretoria a quantidade de mulheres não chega a quantidade dos dedos de uma mão.

            O que ficou exposto na conduta dos dirigentes em questão é que além da violência gratuita, a incapacidade de diálogo deu-se por uma questão mercadológica. Certamente, há pessoas que fazem duas fantasias de uma só, mas, no meu caso, estava claro que pelo comprimento da roupa era impossível que eu tivesse dividido a fantasia com outra pessoa. Mesmo que eles suspeitassem desta possibilidade não é com a opressão/ violência física e verbal que isto se resolveria, principalmente se pensarmos nesses homens como agenciadores culturais. Para mim, isto também se agrava quando penso na concepção de beleza negra que o bloco defende e que não permite adaptar a fantasia ao meu corpo, às condições climáticas me desqualificam ao ponto de “sujar” e “envergonhar” o bloco. Não entendo esta visão levando em consideração a uniformização proposta pela moda que sempre nos excluiu. Obviamente, entendo a preocupação do bloco com as formas de adaptação da fantasia, mas nada justifica tal violência que me impuseram e que estará cravada na minha memória por muito tempo.

            Escrevo este texto para conclamar um coletivo de mulheres negras, principalmente, além das pessoas as quais confio à militância para que tomemos providências. As ações das políticas afirmativas e das instituições que fazem uso deste discurso devem ir de encontro à consolidação de uma cultura sexista, classista, homofóbica. Estamos tratando da criação, da manutenção e do respeito aos direitos humanos, que violados numa instituição como Ilê Aiyê, exige de cada militante sério uma postura de enfrentamento a toda e qualquer violência. Sou uma pessoa de participação política tornando-me negra. Ser negra é um compromisso. A negritude da minha pele é uma cor política e procuro agir desta forma.
           
            Mais uma vez, é chegada a hora da “lavagem de roupa suja” da militância negra na Bahia para questionar a postura do homem negro que oprime as suas mulheres com um contradiscurso daquilo que dizem acreditar, militar. O homem negro precisa tratar melhor as mães dos seus filhos, as suas companheiras, àquelas que o carregaram no ventre.
           
            Um amigo acaba de me dizer o velho ditado que “pimenta no dos outros é refresco”. Ele me disse isso e me lembrou que eu também sou uma “menina” negra como as meninas da FUNDAC, com a diferença de que eu tenho o aparato acadêmico, cultural, intelectual e da rede de relações que elas não têm. Agora eu sei bem o que vou pesquisar, estou sentindo literalmente na carne.
            Espero que fique entendido que o meu respeito pelo Ilê permanece e a minha presença esta garantida para qualquer debate sobre a questão de forma séria e respeitosa. O Ilê Aiyê é muito maior do que todos os seus dirigentes. Cada uma de nós, mulheres negras e homens negros formamos este bloco e a sua história. Nós lutamos para que ele estivesse na rua quando nós negros tínhamos que preencher uma proposta para se tornar associado de blocos brancos, inclusive aquele que tinha um camarote na curva da Castro Alves. As suas ações devem estar voltadas para nós, não contra nós. Estou botando a boca no trombone porque concordo com o que nos disse Luther King que "o que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons.". Eu sou boa gente, por isso não vou deixar de falar e eu falo alto.

Saudações,

Dayse Sacramento

PS: Este texto é um desabafo para quem entende o que é ser negro, esta discussão é nossa. Fora estas pessoas, dispenso comentários despolitizados e sem fundamentos.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Pessoas,

Recebi este texto sobre a greve da Polícia Militar na Bahia para refletir, advertir e, de alguma forma, divertir.

A autoria é pseudômica dada a possibilidade de represálias, nunca se sabe. Recebi e estou postando aqui no blog...
Boa leitura!
 

Memórias do cárcere
*Por Gabriela Sánchez

         Em mais de dez dias de negociações, boatos de arrastões, arrastões de fato, clausura domiciliar, “Prende Prisco!”, habeas corpus negados e dentre outras muitas situações vivenciadas neste período de greve da Polícia Militar no estado da Bahia já me sinto em condições de escrever as minhas memórias no cárcere.
   
         É sob esta condição que nos encontramos no contexto de terror e pânico instaurado nos últimos dias. De alguma forma, encontro-me terrivelmente assustada com a condição de quem protesta neste Estado por melhores condições de trabalho, leia-se de vida. Há algum tempo, bem pouco tempo atrás, os réus protestantes eram as(os) professoras(os) universitárias(os) das universidades estaduais da Bahia e dos Institutos Federais. Por muito menos prejuízo emocional, financeiro e psíquico que o imaginário da greve docente causou à sociedade baiana (detenho-me a avaliar unicamente a “violência” da faca e do revólver, não a intelectual, da criticidade, da emancipação dos sujeitos, etc) o Governo do Estado cortou os salários dos reivindicandos, afinal grevista não deve ganhar no mole, proibiu os empréstimos consignados, afinal grevista não tem crédito, o Credicesta afinal grevista não come e o Planserv, afinal grevista não adoece. As últimas notícias acerca das providências de quem manda nesta zona com relação a continuação ou não da greve foram divulgadas hoje a noite pelo meu também patrão, Jacques Wagner: “Começaremos a cortar o ponto dos grevistas, não temos outra opção”.
   
         Mesmo após a prisão de Marcos Prisco, um dos principais líderes do movimento, a greve continua. A disposição de quem sempre foi uma referência nas greves e nas mobilizações sociais em prol de mudanças contra o autoritarismo carlista vem criminalizando as lideranças. Não restam dúvidas de que quaisquer comportamentos criminosos, sejam de quem for, devam ser criteriosamente avaliados, CONTEXTUALIZADOS e, a partir disso, que providências venham a ser tomadas, ou queimar ônibus e fazer barricadas nunca foram estratégias da militância nos seus movimentos aqui na Bahia? A forma enérgica como o governo do Estado vem se reportando ao exercício democrático da reivindicação conquistado após o derramamento de sangue, por exemplo, na ditadura militar, é, no mínimo, um desrespeito a própria história, por exemplo, do governador do Estado, que utilizou a pauta com as demandas da Polícia Militar como uma das suas promessas de campanha.

         Com a postura ríspida e autoritária do governo, os avanços nas negociações estão a passos de “tartaruga paraplégica”, o que certamente tem sido o fator principal para o aumento de homicídios, assaltos, latrocínios e pânico. Desta forma, parece que depois que a greve acabar o governador será réu na ação coletiva movida através do Ministério Público por cárcere privado dentro da própria casa das vítimas. As vítimas, a sociedade baiana.

         Contudo, creio que esta não seja uma ação que conte com a participação de pessoas tão ilustres desta terra maravilhosa contra o governador. Obviamente, Ivetona quer mais é carnaval, onde ela exibirá as suas pernas sinuosas da malhação anual em cima do trio e gritando: “Madeira!”; o pau come no centro! A Claudinha que queria faturar sendo Café no Carnaval e que deve estar com a cara mexendo por conta do “Não!” do Ilê com relação à sua coroação como a nêgaloura da Bahia deve estar louca pra papar rios de dinheiro com seu bloco Papa. Mais digna ainda é a indiferença do Prefeito João Henrique, que enquanto os “polícia” corriam dos tiros das balas de borracha ele fazia os seus exercícios físicos na orla carioca para manter o “corpitcho” ao lado da sua nova... Ops... Isto não está em questão...

         Já não bastassem as cenas de violência cotidianas que a televisão veicula, com a greve, a manutenção da audiência tem sido o carro-chefe do trabalho da maioria das emissoras. Isto é problema apenas para quem não tem o “peiperviu”, paciência! O que tem sido veiculado (manipulado) pela maioria das notícias sobre a greve tem incitado cada vez mais a revolta da população contra os trabalhadores e trabalhadoras em questão. O embrutecimento tem sido tão severo, vindo literalmente “Dilma” para baixo, que o pobre general foi responsabilizado por enfraquecer as negociações por soprar as velinhas de um bolo surpresa que certamente não foi feito com dinheiro público. Já vazou daqui, ordem da maquinista. Onde já se viu general chorar? Se fosse uma mulher, uma generala de salto alto? Ao receber uma rosa e chorasse no meio da guerra de nervos e da tensão provocada por uma greve em que o instrumento infalível de persuasão é a arma diria que a criatura tem que segurar a TPM? Piadas a parte, não dá para ser cortês como Zeca Baleiro. Nada de flores ao delegado!






*Filha do escritor Jorge Amado, fruto de uma pulada de cerca com a mãe de Yoani Sánchez, blogueira cubana. 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Todo risco



O grande problema é se apegar ao medo, o verdadeiro carcereiro sabotador. Apegar-se tanto que ele se entranha. É ele quem desencoraja a vitória através das suas perversas amarras. Como bem escreveu o poeta da terra mais linda do Recôncavo Baiano, Damário da Cruz, é melhor correr todo risco, inclusive o de persistir no "erro", do que esperar a erva daninha da desesperança matar as belas esperanças azuis. Sem o dragão de 7 cabeças para atormentar dá para voar sem tirar os pés do chão.

Suspiros literalmente "pontuais" da madrugada...

A Sacramento