quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Quem repara violenta: mulheres negras são oprimidas pelo machismo no Ilê Aiyê

A ordem arriscada do discurso de Foucault me obriga a começar este desabafo dizendo quem eu sou e qual é o meu lugar de fala. Sou Dayse Sacramento, mulher negra, solteira, heterossexual, graduada em Letras pela Universidade Católica do Salvador, na qual fui militante do movimento estudantil, vice-diretora da rede pública estadual de uma escola em Paripe há dois anos, agora saindo do cargo para estudar, Especialista em Educação e mestranda no programa de Crítica Cultural da Universidade do Estado da Bahia, tendo como sujeitos da pesquisa meninas negras da FUNDAC, filha de Dona Angélica e neta de Dona Mariá da Liberdade. As informações que acabo de citar representam as minhas identidades que estiveram/estão em conflito depois da minha iniciação no bloco Ilê Aiyê, na terça-feira de Carnaval.

            Certamente, o currículo da minha vida revela o que representa para mim acompanhar do lado de fora da corda o “mais belo dos belos” ou estar presente na Senzala do Barro Preto para prestigiar as atividades de tão importante instituição de resistência negra no mundo inteiro. Ainda assim, para mim, acompanhar o bloco de fora, mesmo com as resistências que tenho com relação aos blocos de corda eu queria estar lá dentro, vivenciado as canções de um bloco que reverenciam a mulher negra, enaltecem a sua beleza tão diversa, composta por elementos que são fruto do preconceito racial e, principalmente, pela representação política do que estar dentro da corda representa. Ledo engano...

            Depois de acompanhar o bloco como pipoca sábado e segunda, na terça, resolvi comprar a minha fantasia para realizar uma vontade que já me acompanha a alguns anos e para acrescentar no meu discurso sobre o bloco o que é estar lá dentro, vivenciado de fato uma experiência de ser incluído (e estar dentro!) do contexto de um bloco afro de Carnaval. Entretanto, fui surpreendida por dois homens no início do percurso, os quais não havia tido o imenso desprazer de encontrar ou conhecer antes como a seguinte exclamação: “Pessoas como você sujam e envergonham o bloco Ilê Aiyê!”. Assustada, perguntei a eles se aquilo fazia parte de alguma brincadeira e o mais enfático, leia-se grosseiro, tosco e mal educado, respondeu: “Ano que vem, a gente vai botar gente como você para fora, sua indecente. Você deveria respeitar o bloco!”. Já aos prantos, me dei conta de que eles se referiam à minha fantasia reformada, apenas a blusa como um tomara-que-caia, com a barriga coberta e a saia continuava intacta, não reformei. Felizmente, eles mexeram com a pessoa certa! Pedi aos gritos, mesmo tom de voz que eles utilizaram comigo, que eles me respeitassem, que não sabiam da minha história e quem eu era e que se gostariam de me recomendar cuidado com o meu traje que isto se desse de forma educada e que fosse feito com todas as outras associadas que haviam feito reformas em suas roupas com o uso de tops, vestidos, minissaias, mistura de tecidos, etc, muitas registradas em fotografias que tirei durante o desfile. Quando eles perceberam que eu os peitei e respondi, um deles, cujo o nome é Fernando Ferreira Andrade Filho, dirigente do bloco, me segurou pelo braço e me encostou no trio em movimento e continuou a me insultar. Quando as minhas amigas viram, partiram para cima dos dois, e agora um outro, também dirigente que não consegui identificar, já segurava o meu braço dizendo: “Olha pra isso, o que é isso!”, apontando para mim, me tratando de forma “coisificada”, com desdém e mesmo com o meu apelo para que soltasse meu braço ele continuou a me humilhar e a me acuar contra o carro. Neste mesmo momento, um dos filhos do presidente do bloco, que sequer acompanhou a ocorrência largou a seguinte pérola: “Na Timbalada, ninguém faz isso!” e eu respondi: “De fato, na Timbalada, ninguém nunca me pegou pelo braço e me acuou contra um carro em movimento, nunca fui violentada lá dentro.”. Ainda não satisfeito, Fernando Ferreira, a saber médico que trabalha no HGE, me disse: “Você comprou sua fantasia nada! Sabe lá como você chegou até aqui!”. Muitos associados e associadas, ao perceberem a confusão afastaram os homens, e se solidarizaram com a situação, tentando me acalmar. Neste momento, muitas mulheres com as fantasias reformadas vieram até mim e disseram que já existe um histórico de agressões feitas por estes senhores, ou seja, já existe um histórico de agressões às mulheres associadas, cordeiras e funcionárias.

            No meu caso, quero deixar claro que “o bicho vai pegar”, que não vou recuar e que já comecei a tomar as devidas providências. Com os ânimos a flor da pele, eu e minha amigas resolvemos sair do bloco para fazer alguma coisa. A esta altura, eu já estava morta de vergonha pelos olhares de todas as pessoas de dentro e de fora do bloco para mim depois de vivenciar uma situação tão constrangedora. Preciso ressaltar que uma patrulha de policiais militares nos pararam a caminho da delegacia e ao relatar o fato eles me perguntaram se eu tinha testemunha e se eu queria dar o flagrante. Estes foram os 10 segundos mais longos da minha vida. Eu, militante da causa, admiradora do bloco e das representações que ele sempre teve para mim iria entrar no bloco, acompanhada pela instituição que historicamente reprime/ maltrata/ mata as pessoas da minha cor para retirar de lá dois dirigentes do bloco por agressão física e verbal? Logo me veio também aquilo que só uma mulher que sofreu violência sabe pelo que passei: o medo de represálias. Eu não aceitei a proposta do flagrante e não quero avaliar se ela foi ou não acertada, mas do que estou certa é que fora moralismo e o meu saudosismo político esta situação precisa de amparo, de justiça. Resolvi prestar uma queixa no Observatório do Racismo por conta da natureza do bloco e num posto conjugado da Polícia Militar em São Bento, com algumas pessoas como testemunha. Amanhã, estarei na Delegacia de Atendimento às Mulheres para complementar a ocorrência, vou ao PROCON e a procura de uma advogada ou advogado que sejam militantes da causa racial.
            Deparei-me com Vovô do Ilê, então presidente do bloco e tentei reconstituir o meu desespero. Ele então me fez a seguinte pergunta: “Você mostrou a ele a sua carteira?” e me deu as costas e saiu andando, como se eu não existisse. O bloco que incita o empoderamento das mulheres negras nas suas canções precisa concretizar este fato em ações. A instituição deve fazer uma avaliação sobre a sua estrutura e sobre as pessoas que a dirigem, principalmente em respeito à maior liderança que já teve, a Mãe Hilda. É urgente que o Ilê repense o direito e o respeito às candaces quando na sua diretoria a quantidade de mulheres não chega a quantidade dos dedos de uma mão.

            O que ficou exposto na conduta dos dirigentes em questão é que além da violência gratuita, a incapacidade de diálogo deu-se por uma questão mercadológica. Certamente, há pessoas que fazem duas fantasias de uma só, mas, no meu caso, estava claro que pelo comprimento da roupa era impossível que eu tivesse dividido a fantasia com outra pessoa. Mesmo que eles suspeitassem desta possibilidade não é com a opressão/ violência física e verbal que isto se resolveria, principalmente se pensarmos nesses homens como agenciadores culturais. Para mim, isto também se agrava quando penso na concepção de beleza negra que o bloco defende e que não permite adaptar a fantasia ao meu corpo, às condições climáticas me desqualificam ao ponto de “sujar” e “envergonhar” o bloco. Não entendo esta visão levando em consideração a uniformização proposta pela moda que sempre nos excluiu. Obviamente, entendo a preocupação do bloco com as formas de adaptação da fantasia, mas nada justifica tal violência que me impuseram e que estará cravada na minha memória por muito tempo.

            Escrevo este texto para conclamar um coletivo de mulheres negras, principalmente, além das pessoas as quais confio à militância para que tomemos providências. As ações das políticas afirmativas e das instituições que fazem uso deste discurso devem ir de encontro à consolidação de uma cultura sexista, classista, homofóbica. Estamos tratando da criação, da manutenção e do respeito aos direitos humanos, que violados numa instituição como Ilê Aiyê, exige de cada militante sério uma postura de enfrentamento a toda e qualquer violência. Sou uma pessoa de participação política tornando-me negra. Ser negra é um compromisso. A negritude da minha pele é uma cor política e procuro agir desta forma.
           
            Mais uma vez, é chegada a hora da “lavagem de roupa suja” da militância negra na Bahia para questionar a postura do homem negro que oprime as suas mulheres com um contradiscurso daquilo que dizem acreditar, militar. O homem negro precisa tratar melhor as mães dos seus filhos, as suas companheiras, àquelas que o carregaram no ventre.
           
            Um amigo acaba de me dizer o velho ditado que “pimenta no dos outros é refresco”. Ele me disse isso e me lembrou que eu também sou uma “menina” negra como as meninas da FUNDAC, com a diferença de que eu tenho o aparato acadêmico, cultural, intelectual e da rede de relações que elas não têm. Agora eu sei bem o que vou pesquisar, estou sentindo literalmente na carne.
            Espero que fique entendido que o meu respeito pelo Ilê permanece e a minha presença esta garantida para qualquer debate sobre a questão de forma séria e respeitosa. O Ilê Aiyê é muito maior do que todos os seus dirigentes. Cada uma de nós, mulheres negras e homens negros formamos este bloco e a sua história. Nós lutamos para que ele estivesse na rua quando nós negros tínhamos que preencher uma proposta para se tornar associado de blocos brancos, inclusive aquele que tinha um camarote na curva da Castro Alves. As suas ações devem estar voltadas para nós, não contra nós. Estou botando a boca no trombone porque concordo com o que nos disse Luther King que "o que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons.". Eu sou boa gente, por isso não vou deixar de falar e eu falo alto.

Saudações,

Dayse Sacramento

PS: Este texto é um desabafo para quem entende o que é ser negro, esta discussão é nossa. Fora estas pessoas, dispenso comentários despolitizados e sem fundamentos.

73 comentários:

Anônimo disse...

PREZADA,
VOCÊ FOI MAIS UMA DAS INÚMERAS VITIMAS DO DESRESPEITO DESSE DIRETOR, ELE É UM HOMEM COMPLETAMENTE ANTI ÉTICO.
NA VERDADE A DIRETORIA DO BLOCO ILÊ AIYÊ ESTÁ COMPLETAMENTE DEFASADA.
É VERÍDICO QUE O PRÓPRIO FILHO DO PRESIDENTE DO BLOCO JÁ VENDEU FANTASIAS EM UM ESQUEMA ILEGAL EM 2008/2009 E FOI AFASTADO POR UM TEMPO DAS SUAS ATIVIDADES NA ENTIDADE ATÉ QUE O CASO CAÍSSE NO ESQUECIMENTO.
"QUE BLOCO É ESSE??"

Anônimo disse...

Triste lógica : "faço militância de cor, o resto é resto ". Sou solidário ao seu constragimento. E também já fui vítima de preconceito por parte de um militante negro. Ele me disse : " Negão viado, você envergonha a raça. " É mole? gays, mulheres, deficientes, religiosos não precisam de respeito. Só os negros.

Anônimo disse...

O ilê é uma bosta....
ja amei esse bloco um dia ja sai muitos anos hj nem faço questão.

junior disse...

Fato,
numca sofri preconceito no bloco nem presenciei mas concordo que muitas coisas precisam ser melhoradas dentro da entidade.
Sou solidário ao ocorrido e espero que após sua atitude se pense duas ou mais vezes antes de tentar acuar qualquer pessoa independente de sexo ou opção sexual.

katiusca disse...

Muito triste o que aconteceu com você dentro de um bloco onde o respeito pela mulher negra deve sobrepor a fantasia.Odeio violencia ainda mais quando vem carregada de machismo e contradição .Não entendo como o Ilê pode ser dominado por homens desse tipo porisso acho o dano irreparavel as mulheres negras com consciencia politica deveriam criar um bloco lindo, afro só para elas porque, violencia contra mulheres tem que ser denunciada sempre.Chorar, indignar-se faz parte da historia das mulheres mas tomar atitude é se colocar no mundo é mostrar a sua capacidade de luta contra todas as formas de opressão.

junior disse...

Fato,
numca sofri preconceito no bloco nem presenciei mas concordo que muitas coisas precisam ser melhoradas dentro da entidade.
Sou solidário ao ocorrido e espero que após sua atitude se pense duas ou mais vezes antes de tentar acuar qualquer pessoa independente de sexo ou opção sexual.

Anônimo disse...

A respeito disso é o tratamento dos seus funcionários que ficam meses sem receber e o presidente da instituição andado de carro para cima e para baixo sem se preocupar com seus funcionários.

Anônimo disse...

ô dayse, tire essa foto de lágrimas daqui. não dê esse prazer a quem oprime a mulher. sobretudo, a mulher negra.
vc é muito maior que isso. sua luta é nossa.

Anônimo disse...

Parabéns, por dizer e mostrar o que muitos já viam a tempos, não tinham coragem de se pronunciar.

Jamile Menezes disse...

Eu, infelizmente, leio seu texto, Dayse, e chego à ratificação de uma lógica que me acompanha há muito. A veneração é meramente simbólica. As praticas são as instituais de sempre, que acompanham os homens educados por mulheres que não foram (ou souberam ser) o que elas poderiam (deveriam) ser: soberanas. O culto é simbólico, a militância é simbólica, é comercial, é falsificada. Não me abalo por nenhum discurso mais há muito tempo. Não me choco ou me entristeço com depoimentos como o seu e de muitas que já ouvi. Apenas fortaleço essa percepção. Se a agremiação é muito maior do que seus dirigentes, onde está ela quando estes a "contradizem"? O símbolo é o que deles fazem. O Ilê é seus dirigentes, é seus percussionistas, é sua história e é comandado por mentes masculinas como estas que citou. #fato Pessimismo, constatação....eu sei que a militância é inversalmnete proporcional aos atos. É o que tenho visto há muito tb..

Anônimo disse...

"Este texto é um desabafo para quem entende o que é ser negro, esta discussão é nossa." Este também é um desabafo para quem entende o que é ser mulher, esta discussão também é nossa. no mais, com seu último parágrafo, não me senti à vontade para comentar minha solidariedade. que é real, como vítima que fui, incontáveis vezes, de atos machistas. aliás, seu argumento final foi muito próximo aos argumentos do tal dirigente. no mais, me calo.

Anônimo disse...

Decepcionado, Totalmente decepcionado com a entidade que colaborou nas minhas ações afirmativa, quanto negro militante e arte-educador.

Anônimo disse...

As pessoas que se submetem a isso, são vitimas de si mesmas, e você, pode ter lutado contra, mas isso não adianta não, porque se sujeita a tudo isto? porque não esquece e se afasta disso simplesmente? Não eu não sou ninguém da direcção, vivo do outro lado do Atlântico e li a sua suplica, mas eu nem conheço essa gente, mas como essas muitas outras por esse mundo fora existem, a mim me cabe reconhecer o lixo e manter-me afastado. Porque quer tanto esse ambiente? esse lugar, essas pessoas? Porquê? Porque quer tanto essa luta, essa vingança, essa neurose? porque não se afasta simplesmente, descansa e vive sua vida? Livre e longe desse lixo? É apenas um conselho de amigo, costuma-se dizer, quem luta com lixo sai sujo como o lixo, calcar lixo sem querer acontece, mas para lutar com ele é necessário estar disposto a baixar ao mesmo nível. Esqueça isso, ou melhor, lembra para podes manter a distancia desejada, e viva sua vida. Beijos

Anônimo disse...

Envergonhado e decepcionado. Infelizmente as instituições são manchadas pela conduta de certas pessoas. Sempre adorei, sempre achei lindo, mas essas coisas vão nos decepcionando. Negro merece respeito, mas mulher, gay, idoso, não??? E a resposta de Vovô, um cara tão admirado e respeitado,virar as costas...nossa, quanta decepção.

neidinha disse...

entro aqui em solidariedade a vc, nao a conheço pessoalamente e so li esse seu desabafo, acho que vc deveria sim ter prestado o flagrante na hora pois vc mesma vio o descaso do vovo com vc le dando as costas ao inves de ir apurar o acontecido, ou ao menos te pedir desculpas, sou de Olinda (Pernambuco) acompanho esse bloco de longe tenho amigos que me falam desse mesmo acontecido com outras pessoas, lute nao se cale faça disso uma batalha vencida eles nao podem tratar as pessoas assim.
ROSINEIDE

Renato Ribeiro disse...

Gente, se afastar disso é ser conivente com todo desrespeito dos que, como dirigentes, deveriam prestar suporte ao povo que está alí. É abrir mão do seu lugar de direito, enquanto mulher, negra, militante, baiana, brasileira, humana.
Nada justifica a violência ou o preconceito.

Força!

Elisia xavier disse...

Eu sou negra amo isso porem tive muitas dificuldades para aprender a conviver com o racismo velado q existe exatamente nas pessoas q pr acaso tem a mesma cor da minha pele. pessoas q se dizem, lutadores das causas racistas, pessoas q abre a boca e gritam sou negão, mas agente sabe q na verdade aquela mente esta cheia de preconceitos feios e sujos, qna verdade eles só gritam q são negões por ñ terem como esconder a epiderme. amar ser negro ñ é pra qualquer um tem q ter personalidade. só posso lamentar por esses infelizes grosseiros.ser negro é lindo e elegante.

Em busca da Felicidade disse...

Entro aqui em solidariedade a vc, minha amiga, nao a conheço pessoalamente e somente li esse seu desabafo, acho que você deveria sim ter prestado o flagrante na hora pois vc mesma sentiu na pele o descaso do vovô com vc lhe dando às costas ao invés de ir apurar o fato acontecido, ou ao menos te pedir desculpas pela atitude do Diretor, esta pessoa desqualificada pelo cargo que ocupa, sou do Rio grande do Sul (Porto Alegre) já morei aí em Salvador, sempre admirei e companho esse bloco de longe tenho parentes e amigos que moram aí, lute por esta causa, nao se cale faça disso uma batalha eles nao podem tratar as pessoas assim, principalmente as mulheres. Lute!!! para que este episódio não aconteça mais com mais ninguém...

Em busca da Felicidade disse...

Oiii Solidáriedade amiga, força, lute para expulsarmos estes individuas desta instituição que prega a liberdade...

maria auxiliadora da natividade disse...

QUERIDA DAYSE, VENHO AQUI AO SEU ESPAÇO, MOSTRAR-LHE QUE, ESTE POSICIONAMENTO DOS NEGROS(MACHOS) DO BLOCO ILÊ AIYÊ, NÃO É DE HOJE, HÁ EXATAMENTE 36 ANOS EU MARIA AUXILIADORA DA NATIVIDADE,COMEÇAVA UM NAMORO COM UM DE SEUS DIRETORES FUNDADORES LUIZ CARLOS DOS SANTOS,(MANEQUIM) DANÇARINO DA COMPANHIA DE DANÇA CONTEPORÂNEA DA UFBA, DIRIGIDA PELO COREOGRÁFO CLYDE MORGAN,HOJE MEU COMPANHEIRO E PAI DE MINHAS FILHAS(2), NA ÉPOCA TODOS ELES E PRINCIPALMENTE O SR.VOVÔ,DISSE-ME Q EU NÃO PODERIA SAIR NO ILÊ, POIS TRATAVA-SE DE TINTA FRACA, POR EU SER UMA REPRESENTANTE DA RAÇA NEGRA MAIS AMULATADA E MORAR NA BARRA, FEZ TANTO Q COLOCOU MEU MARIDO PARA FORA, TRATANDO-O COMO UM MARGINAL, PÔ, MANEQUIM FOI Á AFRICA,NIGÉRIA TRAZENDO ADEREÇOS DOANDO TODOS A MÃE HILDA E AO REFERIDO BLOCO, QUERIDA, ELES FALAM TANTO DE EXALTAR A RAÇA NEGRA, MAS, O Q EU VIA E VEJO É COMO ELES SE APROVEITAVAM DA FAMA DO BLOCO E SEDUZIR MULHERES BRANCAS ESTRANGEIRAS, NÃO Q EU TENHA ALGUMA COISA CONTRA, MAS É CONTRADITÓRIO AO Q SEMPRE FALARAM, HÁ 36 ANOS ATRÁS EU VEJO ESTE DISCURSO PARA ARRIGEMENTAR FUNDOS FINANCEIROS DE GRANDES EMPRESAS, COMO A PETROBRAS, POR ISSO DIGO E TENHO CONSCIÊNCIA DA MINHA ORIGEM, SEM PRECISAR GRITAR, PORQUE ELA ESTAR EM MEU SER, SOU FELIZ! SEM NUNCA TER SAÍDO COM ESTA FANTASIA DESTE BLOCO QUE DEVERIA CHAMAR-SE ILÊ DO RACISMO PRECONCENTUAL. BJS E CHEROS DESTA MULHER DO MUNDO, MARIA AUXILIADORA DA NATIVIDADE.

Elluneb disse...

daysoca, meu bem, aqui quem te fala é gabriella, amiga de nadjena e adelson da pós, lembra? tô mandando um viral do seu post - reduzido - pra uns contatos de imprensa q eu tenho. pode ser? se tiver autorizado, responde no meu email: ggabigarcia@gmail.com.
bjs e saudações femininas, negras e acadêmicas!

Anônimo disse...

Fato: O ILÊ SÓ É BONITO NAS MUSICAS DA DANIELA MERCURY... o restoooo é resto e marketing!

Uma Mulher disse...

Infelizmente é a prova do que eu, a muito tempo,acreditava.Existem muitas pessoas que se aproveitam de sua "fragilidade" a qual foram condicionadas, para justificarem seus delitos.Está tudo errado!
No Brasil são com os negros, na Alemanha são com os judeus, e assim sucessivamente.Sempre irá existir uma classe que se denomina melhor do q a outra, e isso n s restringe a um único grupo específico de pessoas.
Como mulher, acho que já passou da hora de nós nos vermos como sexo frágil e vulnerável.Somos capazes de ganharmos uma guerra!
Vá em frente para desmistificar toda essa "pompa" de totalmente certo que tem o VOVÔ DO ILÊ e a entidade Ilê AiÊ!
Rebeca

luczizz, tocador de xequereafrocubano disse...

oi negra linda,alias todas sao lindas...fui gaucho de nascimento em 49 e apartir de 78 vim residir no pelourinho..minha infancia no bairro dos judeus em porto alegre, bairro do bomfim foi numa rua onde so haviam italianos e negros, estes negros foram os meus reais amigos de infancia e juventude, vir residir na bahia foi com certeza a minha oficialização de alma negra..em 86 ingressei nas fileiras da fundac, tinha acabado de abandonar minha vidinha nas fileiras dos artistas globais no rio de janeiro, larguei as ritas lee, freneticas, elbas, roros, ziziz e duzek, cai na real mesmo dentro da fundac, vivo a cada dia a miserabilidade e o preconceito desta sociedade e midia capitalista e assassina..tou contigo e não abro mão..o vovo e a diretoria do yle, o mais belo dos mais belo, nada mais é do que mais uma das ferramentas do assassinato diario da consciencia negra e da liberdade o qual vc tem a coragem de ainda lutar e quem sabe consigamos desta forma resgatar a honra da negritude brasileira...cesar andre esposito, cafe/fundac

Diana Souza disse...

Apesar de ser militante mulher, negra e lésbica, contra toda forma de opressão, exploração e discriminção, apenas conhecia o Ilê Aiyê por alto, mas nutria um grande respeito e admiração pela entidade e sua luta. No entanto, no primeiro contato que tive com um de seus dirigentes ( ocorrido ano passado, numa apresentação sobre a isntituição, na faculdade em que estudo) esses sentimentos foram postos em cheque. Baseada no que esse senhor ia apresentando, eu ia "percebendo" o quanto lá -também- as mulheres têm "tratamento diferenciado".

Em dado momento, questionei sobre um caso que ele contou e que, para mim, não condizia com o discurso da "afirmação da consciência negra". O caso contado foi o de uma criança que lá estudava, mas que estava "destoante" com as outras, pois seu cabelo não vinha "trançado, nem recolhido" e sim "cheio de xuxinhas", "desalinhado" (essas foram as palavras usadas por ele, acompanhadas por gestos que me lembravam o "black-power"). Então por esse motivo a mãe da menina foi chamada a atenção, mas resistiu, então criaram um dia da semana em que seria o dia dos trançados, ou algo assim, e finalmente resolveram o "problema", pois a trança durava praticamente a semana inteira. Tudo isso sendo contado com direito a muitos apelidinhos "engraçados" sobre a menina e a mãe ( que chegou na instituição com uma mini-saia e um top mostrando a barriga de fora, outro detalhe que ele julgou muito importante falar, acompanhado de uma expressão facial de desqualificação!) ... Tentando resumir muito: questionei; ele tentou me explicar seu ponto de vista; continuei questionando, pois continuava sem concordar; ele novamente me "explicou"; ao perceber que não chegariamos a lugar nenhum, fiz a expressão de que "tudo bem, entendi, mas não concordo" e o muito delicado me respondeu com " abra sua cabeça, você precisa abrir sua a cabeça!" ....preciso dizer algo mais? O debate continuou, a sala toda se envolveu, mas as meninas lá com certeza continuam com seus cabelos muito bem trançados e recolhidos, imagino!..e recolhidas elas também, uma "beleza"!

Parabéns, Dayse, por trazer esse assunto à tona! Espero que muitos se unam em apoio a essa causa, pois as mulheres não podem continuar sendo tratadas como inferiores, sob domínio de homens que desrespeitam e usadas apenas para enfeite.

Luiz Edmundo disse...

Em primeiro lugar quero demonstrar minha solidariedade e indignação pelo ocorrido. Este episódio foi mais uma triste notícia relacionada ao modelo de carnaval que a Bahia fez opção e que, infelizmente, o Ilê Ayê, também faz parte, ainda que em plano secundário.

Também sou professor de escola pública e já trabalhei em várias cidades, inclusive, em Salvador e sempre tenho orientado o meu trabalho nos princípios do respeito aos direitos humanos e à diversidade cultural e "racial".

Moro no Santo Antônio Além do Carmo, onde o Ilê ensaiou por muitos anos e me lembro que quando jovem, há quase trinta anos, quis participar do bloco e me foi negado, por acharem que eu não correspondia ao "modelo" negro preconizado pelo bloco; eu teria que trançar o cabelo, ou vestir roupas africanas ou ter alguma militância no movimento negro organizado. Estavam longe de entender que identidade negra era assunção e vivência e não exclusividade de grupos e agremiações. Também naquela época conheci uma cantora do Ilê, que foi explorada como trabalhadora e como mulher por diretores do Ilê. Nesta mesma época eu trabalhava numa oficina de cerâmica no forte de Santo Antônio, onde ensaiavam e não me permitiram entrar no mesmo, pois acontecia uma festa com cobrança de ingressos. Ao discutir com alguém da diretoria fui agredido e "preso" por dois trogloditas, seguranças do bloco e só não apanhei mais por que a polícia chegou na hora e eu tive que pedir socorro a ela a "temida" polícia que no momento apareceu, ironicamente, como um salva-vidas.
Mas, como você colocou, isso tudo não desmerece o Ilê Ayê e a sua importância na luta contra o racismo e pela valorização da história e da cultura africana e afro-brasileira.
Li o texto todo e concordei com quase tudo, mas cuidado com posições radicais "Este texto é um desabafo para quem entende o que é ser negro, esta discussão é nossa.".
O grande problema dos movimentos e dos partidos é o excesso de umbiguismo. Os direitos e as dignidades são de todos: mulheres e gays, negros, índios, ciganos, gordos, crianças, velhos, deficientes, entre outros que sejam marginalizados, violentados e explorados. Muitas vezes a luta pela sua bandeira pode fazer um movimento perder a visão do conjunto da opressão. Por falar demais e de forma radical contra a opressão de seu grupo pode não perceber que a opressão atinge a todos.

tati santos disse...

Só para vc saber....
20.02.2012
Sempre ouvir falar da forma desrespeitosa e arrogante com que o Ilê Aiyê trata noso povo durante todo ano e em especial na época de entrega das fantasias... mas hoje eu fui a vítima e estou indignada. Hoje eu ganhei um voucher que poderia ser trocado na sede por uma fantasia, chegando lá um funcionário que estava na portaria olhou o papel com uma cara de desdem e me informou que não sabia com quem eu deveria falar, em seguida pediu que esperasse. Esperei por quase meia hora, e aí fui novamente a ele, e a resposta que obtive é que não tinha nenhum diretor na sede do bloco naquele momento.... Encontrei uma pessoa conhecida, filho de um dos diretores, e pedi a ele que tentasse pegar a fantasia, ele com toda disposição e educação foi,voltou logo depois me informando novamente a ausência de diretores no recinto e que disseram a ele que o voucher só teve validade até o sábado...nesse momento saiu um diretor não sei de onde,mas ele passou tão rápido,nem olhou pra, e andando gritou " era até sabado de tarde". Olhem e percebam que no voucher não há uma única linha que mencione isso.... Como eu posso (re)legitimar esse bloco que tem uma linda história mas, que ao longo dos anos vem maltratando seus associados? E eu nem vou questionar se realmente tinha diretores lá dentro ou não, muito menos se não tinham mais fantasias, pois até pessoas que queriam comprar estavam sendo humilhadas, aguardando a chegada de alguem para poder pagar e pegar suas fantasias.... Será que fui eu que perdi algo ao não sair no Ilê Aiyê? Já amei sair nesse bloco, mas diante de várias coisas que sei que acontecem por lá,com meus irmãos e minhas irmãs, tenho ido muito pouco nos ensaios e menos ainda ver e sair no Carnaval... Infelizmente ILê Aiyê, hoje vc tem menos uma associada engajada na luta contra todas as formas de discriminação e violência contra o povo negro,e contra o povo de santo. Até porque se eu realmente quisesse sair no bloco, teria pago o carnê. Estou indo agora linda e negra para o Cortejo!
Tatiane Santos- Tati Santos no Face

Larissa Barros disse...

Que bloco é esse? Eu quero saber. É um mundo negro que se mostra para nós. Como em qualquer lugar existem os bons e maus. Agora quando os maus são liderança, referência e exemplo, isso se torna preocupante. Que reparação é essa que dá e toma, valoriza e humilha. O Ilê tem perdido essência, admiradores e principalmente valores que ironicamente lutou tanto para consolidar. Lamentável!

Anônimo disse...

Que justiça seja feita.Atos como esses é uma vergonha para a população negra.E o mais espantoso ainda é quando saem de entidades afrodescendentes e que se dizem combatentes do preconceito*

tininha disse...

Minha querida , não sou negra , portanto pelo seu pedido não deveria comentar , mas tenho diversos amigos negros .. e sou capaz de imaginar esta situação.. sou solidária e acho que vc tem que fazer isto mesmo; processo etc..o que vc sofreu foi mais que racismo foi machismo, essas pessoas não têm este direito e nem condições de presidir bloco nenhum.. posso apenas te dizer que sei como vc se sente , pois sofri preconceito
dentro do Olodum por ser branca, fui espancada e obrigada a sair, Fui salva por uma amiga que estava comigo. Então, vamos dizer NÃO a todo tido de racismo, preconceito contra o ser humano , que é único em seu plural e belo em todas as suas formas.. muita sorte na sua luta..

Uma flor disse...

REPÚDIO À ATITUDE DESSES DIRIGENTES! A COMUNIDADE NEGRA PRECISA ACORDAR. O ILÊ AYÉ NÃO É MAIS AQUELE, OLHE A CARA DELE. VERGONHA!

Anônimo disse...

Dayse,
A decepção que você teve no bloco, sinceramente, não me causa estranheza. Acredito que as coisas poderiam ter sido diferentes, afinal tudo é uma questão de como se fala ou faz... A exposição e violência que você sofreu não tem como ser mensurada, visto que a experiência é algo pessoal. Entretanto, discordo da sua atitude em não aceitar o aparato policial oferecido instantes depois do ocorrido. É preciso acreditarmos nas instituições, mesmo que sejamos alvos dela muitas vezes.
Gostei da maneira como descreveu toda ação, mas sua foto não combina em nada com a mulher forte que acredito que seja.
Não se vitimize. Você é mais que isso...
Torço para que as medidas legais sejam tomadas e para que episódios como esse não tornem a acontecer.
Beijo grande....

Wanderlei Santos disse...

Dayse, lhe sou solidário e lhe desejo forças para enfrentyar mais este desafio, o de ir de encontro aos nossos. Com relação ao bloco quero dizer que qualquer bloco que, numa cidade tão excludente quanto a nossa, se ultilize de cordas e cordeiros, cordeiros negros, com a desculpa esfarrapada de garantir a segurança, não merece o meu apreço. Vi, uma unica vez a saída do Ilê e fiquei triste com o q vi. Cordeiros e cordeiras, negras e negros puxando um imenso navio negreiro. Assim, devemos também, lutar pelo fim das cordas no Ilê, e em todos os blocos.
Wanderlei Santos.

Ana Carla Nunes disse...

Que bloco é esse, que eu quero saber?

É isso, parceira, muito axé, força e bola pra frente!

A luta continua!

Kaab Al Qadir - Jihad disse...

Quando tudo que é lógico transfere-se pela falta de caráter e identidade .. nada mais resta do que o próprio resto, corra atrás guerreira e não deixe nada à frente, há não ser a dignidade de ser LIVRE!!!

Saudações,.

Xarope disse...

O preta, do ilê você pode esperar tudo,eu já não saiu no bloco a mais de 03 anos pela falta de respeito que eles tem com o folião, vc deveria ter falado que quando um carro da Timbalada quebra ele fazem um show só para as pessoas que estavam no bloco, coisa que o ilê nem isso faz pois varias vezes o carro quebra no meio do caminho e eles não estão nem ai com as pessoas que saem no bloco .Essa dirigentalha tem que saber que não somos só folião. Somos um povo que subia a ladeira para vê o que era mais belo dos belos e que hoje se perdeu em tudo. Na musicalidade e no respeito, e que virou um bloco como qualquer outro que só busca seu dinheiro prova disso foi o camarote esse ano. Ilê era herança da minha mãe dos meus antigos e hoje eu tenho nojo, nojo do tratamento que vcs vem dando aos os homens e mulheres negras que ainda saem no seu bloco, e ainda digo mais nega ano que vem mulheres que já passaram por essa situação saiam na Timbalada ou em qualquer outro bloco que te tenha mas valor por vc independente da cor,mais que queiram o bem estar do publico, não gastem seu dinheiro com esse bloco que não nos merecem nem se quer nos ensaios. Dirigentalhas dinheiro é bom mas vcs esqueceram da causa o dinheiro quando sobe pra cabeça nos transformas em putas e ai abaixamos as pernas pra qualquer coisa ou migalha...
Cabeça erguida Dayse vc é vitima mas não é coitada não deixe também que esse papo de dizer que todos os homens são machistas e que não prestam proliferar em sua mente pois ainda tem pessoas do bem nega MAXIMO RESPEITO ASÉ
MARCOS VINICIUS OU MC XAROPE

Anônimo disse...

É... contradição pura. Parabéns pela coragem em se expor tanto. Penso que o caminho é esse, "dar a cara a tapa" a fim de que alguma coisa mude.
Gosto do Ilê e do que o bloco representa. Não vejo pessoas como o Dr. Fernando representarem essa entidade, que é muito maior do que meia dúzia de homens com a mente no século passado. Costumo discutir com o meu namorado sobre a questão racial, como negros que somos, e sempre chegamos ao seguinte questionamento: "é preciso, para que haja a reparação, agirmos da mesma forma como agiram os opressores da nossa raça?"
A minha resposta é sempre a mesma, NÃO.
Creio que o "poder" é um perigo quando cai em mãos desestruturadas e infelizes.

Patricia Nascimento disse...

acho q vc deveria ter dado o flagrante sim. se cada mulher negra q é agredida por homens negros tiver uma atitude dessa a violência contra nós mulheres não terá fim...eu nunca pensei no ile aiye sempre achei lindo e tb nunca tinha ouvido nada negativo contra o ile aiye, sinceramente fiquei muito decepcionada e estou com vc. vá em frente nao esmoreça sua atitude pode defender mulheres menos empoderados que vc... um beijao e força.

Dona Chica disse...

Flor, sinta-se abraçada!! Impossível não chorar de revolta ao ler o seu relato!! Vamos fazer valer nossos direitos de mulher!! RESPEITO!! No que eu puder ajudar, conte comigo!!

Anônimo disse...

"PS: Este texto é um desabafo para quem entende o que é ser negro, esta discussão é nossa. Fora estas pessoas, dispenso comentários despolitizados e sem fundamentos".

Falar contra a violência e depois colocar esse texto cheio de violência vai totalmente de encontro ao seu discurso!

Anônimo disse...

Calma pessoas, esse ano ainda foi leve... ano que vem terá além do camarote Ilê eva, vamos contar com a negâ lora (Claudia Leite) e por aí vai .... o Ilê não é mais aquele olha a cara dele... e depois de Mãe Hilda as porteiras estão abertas para se fazer o que quiserem!!!

JORGE EUMAWILYÊ SANTOS disse...

‘É preciso muita coerência para se dizer o que se disse, e para se compartilhar o que se leu e se posicionou. E, por incrível que possa parecer, são tudo verdades!’
‘Enquanto vocês, mulheres negras responsáveis e capazes, e nós, homens parceiros em suas lutas por dias melhores para todos e todas, continuarmos velando por mantermos os nossos irmãos delituosos empanados por nossas cortinas ancestrais, haverá sempre esses comportamentos. Gente! Podemos, SIM, sermos parceiros, OU NÃO, porém denunciando-nos quando negligenciarmos direitos e ou respeitos a nós e ou a outrem?’
‘Gente! Nossas, há essa altura, 'pseudos-lideranças' não podem e nem devem, e muito menos tem o direito de ficarem por ai nos vendendo, dando de 'capitães do mato da contemporaneidade' em benefício exclusivo e ou de outros... Cadê a nossa coerência? Podemos com tais intrassofrimentos cobrar algo da sociedade?’

JORGE EUMAWILYÊ SANTOS

Blog do Arretadinho disse...

Toda solidariedade à você, camarada. Compartilho a mesma linha de pensamento (quanto lavar a roupa suja) com elação ao meu partido que, na minha visão, descamba para um caminho oposto à sua ideologia. De qualquer forma O Blog do Arretadinho está ao seu lado contra essa ação inominável praticadas por quem deveria defender você.
Axé e um abraço.

Marcinha disse...

Dayse, linda (ate chorando), sinta-se abracada e apoiada!!! Bravo o teu gesto de botar a boca no trombone!!! Calar-se jamais!!!
Tambem do outro lado do oceano, me entristeco com estas noticias do Ile... profundamente triste!
Voce nao esta so!!!! Faca da tua voz a voz de muitas.
Chega de hipocrisia!!!
Mais abracos e muita admiracao.

Alessandro Monteiro disse...

Assim como postei no Facebook é muito triste ver um instituição que luta por uma causa de inclusão e conscientização de uma sociedade infectada pelo vírus que ela mesmo combate!

Belezas de Kianda disse...

Estou chocada com tanta animalidade! Esses brutos não podem ficar impunes!

Anônimo disse...

Eu sou 25% negro; 25% índio; 25% branco e 25% qualquer coisa! Antes de tudo sou brasileiro, mas antes disso mesmo, no princípio sem começo e sem fim: EU SOU ALMA! Sou simpatizante do Candomblé, me casei com uma preta e tive um filho muito amado com ela, no entanto, não entendo porque não posso entrar no Ilê! Isso sim é "racismo". Um racismo contra o brasileiro que não é negro nem branco nem índio.

jeronimo disse...

eantsiamiga sou pai de quatro negras e um negro fiz um comentário c/ minha filha caçula sobre 0 tratamento na festa da beleza negra (só para estranhos $ imprensa lembra de Osvaldo bailado Cezar Maravilha , Erom e & o nosso ilê continua no barro preto mas o Chicote é branco que mude os conçeitos e os diretores

Nilton Abisay disse...

Olá Dayse, boa tarde!! é como muito pesar que venho aqui prestar minha solidariedade, e um imenso prazer em lhe apoiar, pois acredito que situações como essa deve sim ser combatida com seriedade e rigor no tocante a justiça, acho que você deverá tomar suas atitudes e fazer valer os seus direitos de integrante do bloco, porque pagou por eles, e seus direitos de mulher e cidadã. Que a Justiça seja feita.

Anônimo disse...

Todo site que divulga este fato bizarro eu comento e sinto um misto de raiva e decepção.Como eu já comentei em alguns sites, felizmente isso aconteceu com uma mulher guerreira, inteligente que não abaixou a cabeça para o ocorrido que deve ter chorado muito, mas não se amedrontou perante a covardia desse senhor imbecil.

Anônimo disse...

Cara amiga,com imensa tristeza e decepção li o texto em que voçê descreve a forma como foi mal tratada dentro do bloco. Em verdade, mais um depoimento em que o desrespeito,é a tônica, entre tantos outros depoimentos que ao longo dos anos, temos ouvido e igualmente causaram-nos constrangimentos.Militante desde a década de setenta, hoje, as nossas frentes de militância encontram-se na literatura, na educação, na arte, e compreendemos que o respeito que devemos ao outro, independe da cor de sua pele, da religião que professa,de sua opção sexual, de suas ideologias,do gênero a que pertence. Ao lutarmos por respeito ao povo negro, buscamos também igualdade,logo, respeitemos igualmente e integralmente aqueles que por uma razão ou outra, são também vítimas de alguma forma de constrangimento ou preconceitos. Você Dayse é uma guerreira, vá em frente, a humanidade é repleta de mulheres guerreiras como voçê,mulheres, independente de cor de pele,status social,ideologias, mulheres sobretudo, que merecem ser respeitadas e tratadas dignamente, e que os dirigientes da agremiação citada atentem para que, as ações que aconteçeram e acontecerão mostrem-se em real sintonia com o discurso de igualdade tão propalado, e infelizmente, tão pouco exercitado.

Djenane disse...

Olá Dayse....Eu nasci em Salvador, sou negra, de mae negra e pai branco de desde pequena ouvia piadinhas por causa do meu cabelo. Cresci e não dou mais importancia a esses fatos mas aprendi a me impor, mesmo achando que é o fim do mundo voce ter que medir força com as pessoas pra defender sua origem étnica. Náo moro mais em Salvador mas acompanho muita coisa e esse é o segundo ato de discriminação racial que vejo em menos de um mês na rede. Com certeza tem outros mas esses chegaram ate a mim. O primeiro foi o caso do estudante negro que mora num prédio de classe media alta que foi impedido de entrar no elevador do próprio prédio em que morava, por ser simplesmente...NEGRO e agora leio o seu relato. E o que mais me deprimiu foi saber que as ações discriminatórias partiram de uma instituição geridas por negros. Que país é esse??? Aliás..'Que Bloco É esse???' cujas as ações contradizem toda uma ideologia e respeito conquistados em anos de luta por reconhecimento. Estou abismada!!! Você tem meu total apoio e não esmoreça em sua luta por justiça. Sinceramente não entendi porque você recuou em fazer o flagrante mas deve ter suas razões. Só acho que não devemos ter medo de ninguem nem de nada.

Anônimo disse...

É triste está realidade do bloco mais negro de Salvador um bloco que prega a igualdade racial mais na verdade o que eles devem pregar é o capitalismo.
Eu já presenciei a paixão de uma mulher pelo ILÊ chorando ao vê o mais belo dos belo, será que eles dão valor a esta expressão de carinho pelo bloco?.
Dayse faça que nem minha mulher que já foi apaixonada pelo ILÊ, veja do lado de fora do bloco que você ganha mais e quando tiver a beleza negra não vá até porque o ingresso é muito caro e nem quem é ILÊ de carteirinha tem um simples desconto.

Anônimo disse...

Dayse,
Fiquei muito triste com seu depoimento, pela humilhação e desrespeito a que foi submetida, mas não me surpreendo com as atitudes dos dirigentes, pois indicam quem está por trás da agremiação.
Tinha grande respeito pelo bloco ilê devido a sua proposta de valorização do negro, mas após fazer algumas reflexões, baseada em observações, esse respeito acabou.
Em 2001,enviei um email ao bloco solicitando infromações referente às condições de trabalho e política educacional dos seus músicos e não obtive resposta. A intenção foi verificar se os benefícios alcançados pelo bloco eram extensivos a músicos, dançarinas, funcionários, etc. o que ficou claro que não.
Percebo que hoje o ilê presta um desserviço, na medida em que não valoriza o potencial dos que fazem parte do bloco, ao contrário, aproveitam-se da paixão dessas pessoas para explorá-las.
O bloco "cresceu", mas a mente dos dirigentes, principalmente Vôvô, parece que regrediu, já que suas atitudes não condizem com a proposta inicial do bloco.
Sua atitude foi corajosa, e vai ajudar outras mulheres a denunciar
tais abusos. Precisamos mostrar que nós mulheres não são somos fragéis, e que tais dirigentes, devem responder por tal agressão.
beijos

José Ramos disse...

Sou branco com olhos azuis. Mas poderia ser mulher e negra. Estou muito bem impressionado com seu caráter, sua coragem, seus objetivos. Você é um grande ser humano. Te sinto minha irmã, quero que me sintas teu irmão. A humanidade ainda haverá de melhorar. Um grande beijo, José Ramos

Nana de Carvalho disse...

Olá Companheira Dayse,

Vergonha é o que eu sinto neste momento por ver mais uma vez o machismo, o desrespeito e a violência, principalmente contra as mulheres dentro do movimento negro, dentro deste bloco que é um dos símbolos da nossa resistência e do nosso orgulho.

Falando em orgulho, é isto que sinto ao ler as suas palavras, orgulho da militante que não baixa a cabeça diante da opressão, mesmo que esta venha de dentro das nossas fileiras de luta! Entendo o seu dilema diante da polícia, é foda!!! E te apoio incondicionalmente nesta sua luta, não podemos nos calar, pois manter-se calado é ser conivente com a opressão, e isto minha cara, eu sei que você não é!! Siga em frente e pode contar comigo para o que precisar.

Orgulhosa de ser sua companheira de lutas!!

Nana de Carvalho

gato preto produções e eventos disse...

Estou profundamente triste com o fato, eu que sempre acreditei em um ideal maravilhoso do bloco que agora me deixou com dulvidas sobre o seus principios. Dayse, gostaria muito que a sua pessoa não tivesse passado por tal acontecimento, porem vejo que deveria ter tomado a primeira atitude de quem passa pelo que vc passou, que é ade não temer e ter feito um BO (boletim de ocorrência),para ai sim caracterizar um flagrante, por que é isso que pessoas como essas teem que ser tratados, como bandidos.
Pode contar com mais um que luta contra a desigualdade e a opressão, indepentende se for homem ou mulher.
Assina: GATO PRETO PRODUÇÕES E EVENTOS.

Anônimo disse...

Eu, apesar da minha pele clara, mas neto e bisneto, irmão, primo e amigo de negros, me considero negro tb, está no meu sangue e me orgulho muito disso, quem dera ter a pele mas escura, mas nada disso importa, nada, dinheiro, cor da pele, nada, esses caras precisam aprender isso!!!!! Eu prefiro olhar nos olhos e ver a verdade de cada um, lamentável esse fato!

Diego Leite disse...

No carnaval,observo um grande retrocesso histórico.Vejo a figura do capitão do mato, em muitos negros no tratamento com o seu semelhante.Isso é muito triste.

Júlio Silva disse...

Minha cara, sou solidário com tua causa também, acho algo terrível um desrespeito à qualquer pessoa. Pra mim ficou claro em sua narrativa, há muito o carnaval de Salvador não é do povo... também fui na pipoca e vi a discrepância até mesmo da polícia em número maior para o "pessoal da corda". Acho que o povo soteropolitano deve sim se mobilizar para trazer para si o carnaval novamente, e deixar pessoas como estas que lhe humilharam fora de qualquer âmbito relativo às (teóricas) manifestações populares. Grande Abraço!!

Roberval de Oliveira disse...

Querida Deyse-

Quão horrível que foi esse momento pra voce. Ser julgada como impostora e humilhada no espaço que idealizava e esperava ser totalmente seguro e livre de opressão. Sinto sua dor em suas palavras; sinto sua decepção em Vovô; sinto seu amor ao ilê; sinto sua senbilidade. Sinto sua agucidade. Sinto sua intelectualidade. Me solidarizo com seu grito.

Infelizmente ainda é comum, pessoas lutarem por uma causa, falharem para compreenderem outras formas de opressão. No caso do Ilê, precisamos exigir que ele se torne ou caminhe em direção ao Ilê que queremos. Afinal, ele existe por que nós, negros concientes ou não, optamos por contribuir com a missão do bloco comprando a fantasia. É importante que nós homens, brancos ou negros, que se manisfestam contram o racismo, dirigentes do Ilê ou não, se eduquem, e entendam que machismo, sexismo, classismo, imperialismo e outras formas de ismos é manisfestado pelas mesmas raízes de opressão, superioridade, desdém e desrespeito que advém do racismo. Parabéns por expor, esse aspecto do Ilê o qual voce ama. Acredito, que é extamente por isso que o está expondo.

Cordialmente
Roberval de Oliveira

... disse...

Gostaria de agredecer a todas e todos que se posicionaram com relação a este fato. Tenho postado todas os comentários que são enviados, sem censurar nenhuma deles. Tenho apenas como resposta o seguinte... Eu acredito que o rumo que as discussões tomaram não nos fazem mais sequer discutir o tamanho da fantasia, a reforma da mesma ou uma carteira de associação. Quando alguém compra alguma coisa pode transferir para outro, presentear, vender, a não ser que seja intransferível. Uma fantasia apenas para os três dias pode ser usada por pessoas diferentes nos três dias. O que está em questão é que não é com a agressão que isto deveria ser intermediado, muito menos quando isto partiu de um dirigente da instituição. Não existe mais ou menos violência, fui agredida e ponto final. É preciso que também, principalemnte as mulheres, observem a minha coragem de tomar a decisão de entrar nesta história e me manter firme naquilo que me propus. Como pensam que está a minha cabeça? Mulheres que são vítimas de violência, todas elas têm medo e eu estou incluída nisto. De qualquer forma, eu além de coragem protegi o meu agressor em não chamar a polícia, em não colocar a polícia dentro do bloco, os outros associados e associadas não mereciam vivenciar tal situação. Deixei para resolver a situação coletivamente e depois, procurando ter cuidado para não desvirtuar a discussão. O fato é que uma violência aconteceu, foi testemunhada e precisa ser tratada com respeito. Nós mulheres não devemos aceitar NENHUMA justificativa para quando somos violentadas. Reitero que a discussão aqui é sobre uma agressão de GÊNERO e não RACIAL, como algumas pessoas, geralmente os racistas, estão querendo incitar que acreditem. Enfim, é só complementando meu desabafo...

Junior Vibes disse...

É lamentável que este fato horrendo tenha ocorrido dentro de uma instituição que representa a resistência contra a opressão aos negros. No entanto, cabe aqui dizer que o Ilê pertence ao povo negro e não a apenas um grupo de dirigentes.

Junior Vibes disse...

É lamentável que este fato horrendo tenha ocorrido dentro de uma instituição que representa a resistência contra a opressão aos negros. No entanto, cabe aqui dizer que o Ilê pertence ao povo negro e não a apenas um grupo de dirigentes.

Junior Vibes disse...

É lamentável que este fato horrendo tenha ocorrido dentro de uma instituição que representa a resistência contra a opressão aos negros. No entanto, cabe aqui dizer que o Ilê pertence ao povo negro e não a apenas um grupo de dirigentes.

Anônimo disse...

Achei totalmente desnecessário o final de seu texto, em que fala que apenas "quem entende o que é negro" pode comentar alguma coisa. Quer dizer que quem não é negro não pode se solidarizar e achar um absurdo e exigir uma punição em relação a ato como esse? Qualquer situação de preconceito deve ser combatida, e não importa qual nossa cor.

Anônimo disse...

Infelizmente as relações presentes em nosso cotidiano, mesmo para aqueles que se pretendem combatentes das discriminações e assemelhados, estão revestidas e impregnadas daquilo que negamos em nossas ações de cidadania. Acredito que a Sra. Dayse está contribuindo significativamente nos educando para que reflitamos e busquemos nos livrar destes estigmas. Às vezes nos vemos diante de situações em que estamos revestidos do poder e permitimos que a imposição da submissão permeie o trato com o outro. Diretores e presidentes que vêem seu semelhante humilhados, se incomodam e buscam mudar esta realidade com criação de um bloco de carnaval com a constante reafirmação da beleza do ser negro (pleno), quando num contato (pele) de proximidade com aqueles que se identificam, empregar da violência ... quanta negação do que se construiu ao longo destes anos. Mas, Sra. Dayse, esperamos que nos ajude, aí me incluo como negro que tenta desconstruir tudo aquilo que aprendi cotidianamente nesta sociedade machista e violenta, a superar e entender que a teoria se realiza na prática, que a práxis é fundamental neste eterno combate que é nosso viver. Aos diretores do nosso amado Ilê, mais que negar, convém o chamamento ao debate, de maneira que a dita carteira seja substituída pela identidade da raça, da cor da pele de fato. Nosso amado bloco é mais que uma relação comercial, ele é um ato político. Foi isto que aprendi com o Sr. Vovô. Como homem negro, peço sinceras desculpas e apelo que a Senzala do Barro Preto não seja uma extensão da Casa Grande.

Anônimo disse...

MANTENHAM A CABEÇA ERGUIDA

"E desde que saímos todos de uma mulher
Recebemos nosso nome de uma mulher e o nosso "jogo" de uma mulher;
Eu fico imaginando por que nós abusamos de nossas mulheres
Por que nós estupramos nossas mulheres, nós odiamos nossas mulheres?
Acho que é hora de matar por nossas mulheres
Tempo de curar nossas mulheres, ser real para nossas mulheres
Assim, os homens reais se erguerão
Eu sei que vocês estão cansadas, senhoras, mas mantenham a cabeça erguida"

Tupac Shakur - "Keep Your Head Up"
(tradução minha)

Tupac neles, Mana!!!

Força e Luz!

Carlos Alberto de Oliveira

Sheila Rodrigues disse...

Bem, como muitos viram a associada ao bloco Ilê Aiyê, Dayse Sacramento (assim nomeada) Criticou e Denegriu a imagem tanto da direção do bloco quanto a de alguns dirigentes, que como qualquer um devem cumprir com suas obrigações de tal modo que seja eficiente em suas funções.

Ela Diz ter sido Envergonhada e Humilhada por dirigentes do bloco dentre quais está Fernando Ferreira Andrade Filho, pessoa citada de forma mais violenta em seu "discurso de humilhada". Não estou aqui para acusar ou defender alguém, e sim para ser justa e honesta, odeio injustiça!
Como associada e testemunha do ocorrido, atesto que de forma alguma, houve agressão física ou verbal.
O que presenciei, foi uma discussão de ambas as partes, por motivos óbvios.
A então " violentada " Dayse Sacramento , usava a fantasia de forma inadequada . Sendo um vestido acima do joelho, incluindo uns babados na parte superior da roupa e com as costas nuas.
O traje assim visto estava totalmente diferente do que é costume e tradição no bloco. A maneira como se vestia, fugia dos padrões e normas estabelecidas pelo bloco. Não digo que seja obrigatório todo (as) estarem iguais, pois todos têm o direito de reformar sua fantasia ao seu gosto, mas, devem-se haver limites na maneira na qual é reformada.
Como já tinha dito antes sobre o ocorrido, não houve agressão física em nenhum momento. Assim como eu presenciei, muitos associados também presenciaram e poucos gostaram do que viram. Achara um absurdo, uma falta de respeito o modo como ela estava vestida, e exigiram que a colocassem para fora do bloco. E não cumprindo o que lhe foi pedido, o dirigente do bloco Fernando Ferreira apenas teve uma conversa com a. E se em algum momento a mesma saiu do bloco, foi por vontade própria. Diferente de mim, muitos associados não tem a coragem de opinar sobre esse assunto, mas muitos ficaram indignados e foram a procura dos diretores para reclamar do desrespeito na maneira vulgar como estava a se vestir a militante , e ela por sua vez não gostou e Criou essa postagem em seu blog: http://coisasdanegonasacramento.blogspot.com/2012/02/quem-repara-violenta-mulheres-negras.html , fantasiando uma briga.


Sheila Rodrigues

Daisy Conceição Santos disse...

FAVOR TOMAR CUIDADO COM PALAVRA COMO CRITICAR E DENEGRIR. PELO QUE ENTENDI APÓS A LEITURA DO TEXTO DE DAYSE SACRAMENTO – E ACREDITO QUE MINHA INTERPRETAÇÃO É COERENTE – O QUE HÁ É UMA PROPOSTA DE DIÁLOGO PRIMEIRAMENTE SUGERIDA A PARTI DO DESABAFO POSTERIOR A UM ACONTECIMENTO. VAMOS TENTAR NÃO MODIFICAR AS PALAVRAS E DISTORCER OS FATOS. VAMOS BUSCAR A INTERPRETAÇÃO COERENTE DAS PALAVRAS ALHEIAS. E O MAIS IMPORTANTE QUE ACREDITO QUE ESTÁ SENDO ESQUECIDO NESSE MOMENTO: VAMOS DIALOGAR! ACREDITO QUE SEJA ESSE O INTUITO DO DESABAFO DIALOGAR NÃO É ACUSAR ERRADOS E CORRETOS. É TENTAR SOLUCIONAR PROBLEMAS DE UMA INSTITUIÇÃO, QUE MERECE SIM TODO RESPEITO E ADMIRAÇÃO, MAS MERECE TAMBÉM REVISÃO E RENOVAÇÃO.
FALAR EM TRADIÇÃO É TAMBÉM ENTENDER QUE NÃO SE TRATA DE ESTAGNAÇÃO DE CONGELAMENTO. TRADIÇÃO, CULTURA, MEMÓRIA ESTÃO EM MOVIMENTO A TODO O MOMENTO E MERECEM TEM O DIREITO DE SEREM PONTOS DE DIÁLOGO (VOLTO A REPETIR, FOCO DA PROPOSTA INICIAL).

Mel disse...

Saudosa mãe Hilda que sempre esteve a frente do Ilê Aiyê com grande sabedoria e como mulher sempre buscou mostrar que ser mulher não é simplesmente mostrar um corpo. Presar a beleza feminina e seus encantos passa longe de gritar aos ventos que sofreu machismo no ILÊ. O machismo está presente também em muitas mulheres que buscam se fortalecer sendo supostamente frágeis e o pior é que encontram pessoas que sem pensar e baseado em mágoas pré existentes,seguém reforçando acusações sem nada terem visto ! Vamos refletir... A negritude merece paz e respeito !

Dino Miler disse...

Aos que cobram uma resposta do diretor em relação a suposta agressão, não vejo necessidade já que o jugamento por parte de muitos já houve ! Temos obrigação de ouvir mas não de jugar principalmente quando o fato se confunde com muitas mágoas que carregamos.Qual o brasileiro que não se sente injustiçado e que não comete comentários injustos? Precisamos amadurecer ainda muito como ser humano! Sugiro encerrar com tanta agressão. Jogar pedra sem saber aonde vai parar... isso é agressão. Vamos trabalhar que é melhor!!!!!!

Anônimo disse...

....e chega dessa história...bem disse Dino . Parabéns pelo comentário sensato !Cada um que cuide da sua vida e se preserve de forma cuidadosa que com certeza não encontrará problemas. Boa sorte a todos e vamos trabalhar ou procurar trabalho !Felliz dia das mulheres .