*Carlo Eduardo Liboa é aluno de Direito da Universidade do Estado da Bahia, Campus Valença e versa muito bem sobre aquilo que se propõe escrever. Cadu com "C", como eu costumo chamá-lo, é um exemplo de pessoas que só abrem a boca quando têm certeza!
Que tal colocarmos um BASTA neste assunto?
Realmente a imprensa de tudo tem feito “matéria” para vender gazeta. Mas entendo, no sistema do capital, o importante para um veículo jornalístico, não é informar, mas sim, vender jornais, e por incrível, sempre tem quem compre, tanto os jornais, como a informação ali enxertada, jogando mais lenha na chispa e encarniçando mais uma notícia, porém desalmada, sem substância, sem forma e vazia, assim, que nem a terra narrada na gênese sagrada. É desta forma que tenho entendido o burburinho que circunvizinha o tema e que acompanho timidamente no debate na grande mídia.
O problema central num governo em "disputa" não é como chamamos o cargo, mas a realização de obras e projetos, seu patrimônio ético ou até seu tonus ideológico. Se tem algo que é meritório concentrarmos esforços, sem dúvida, seria defender ou criticar, aquele ou aquela proposta, obras, programas, projetos, pacote, medidas, proposições, opiniões, voto, posicionamento etc., ou seja, tem tanta coisa sobre o impúbere governo Dilma relevante para nos preocuparmos, mas preferimos perder tempo em debates forçados e fingidos, data máxima vênia à língua portuguesa, porém sem tanto apego a gramática.
Digo isso, pois a língua é muito mais ampla e comporta incontáveis variações que as nossas gramáticas (gramáticos) sequer “pensam” em alcançá-las. As variações lingüísticas estão ai nos lembrando que a linguagem é um fenômeno cultural e expressa as manifestações sociais de um povo em um momento, logo, PRESIDENTA, poderia expressar, o agora, de um povo. Lembro que desta forma sugiram tantas outras palavras: CLONAR, TUÍTAR, BLOGAR e por ai vai, depende da conjuntura, do momento, da circunstância, e afirmo, é legitimo que assim seja, pois os costumes, a vida e a dinâmica social são fontes primárias para o surgimento de qualquer palavra, termo ou expressão.
Talvez, e porque não, tenha chegado a hora da “presidenta”? É a primeira vez na história. A palavra agora tem função, antes não tinha, talvez por isso a gramática de Bechara e Cipro Neto não tenham albergado o termo “Presidenta” e oferecido a ele, além de expressa positivação, E-FE-TI-VI-DA-DE.
BASTA Dra. Engenheira "Fulana", pois no Brasil de tantos recortes lingüísticos, pregar a dogmática da gramática, como anúncio de insofismável verdade é ignorar o Brasil e o melhor dele, os brasileiros. Termino, porém achando que na questão existe mais preconceito do que a honrosa luta pela preservação da língua portuguesa.
Kadu Lisboa
Uneb
2 comentários:
São nestes momentos que percebo o quão verdadeiros eram os comentários dos colegas de faculdade, quando diziam que tenho espírito gramático. Inventar palavras é uma coisa, a neologia agradece, confundir isso com linguística é que não acho legal. "CLONAR, TUÍTAR, BLOGAR" foram palavras criadas a partir de uma necessidade de nomear algo que até então era inexistente. As Presidentes sempre existiram, mesmo que não tenha sido na casa civil. Que o digam as presidentEs das associações de moradores, por exemplo. Minha querida e ilustre presidentE Dilma que me perdoe, admiro a vontade em dar contiuidade a um trabalho presidencial que foi excelente, mas não vamos confundir 'gramaticalmente' nossos queridos brasileiros que já são atrapalhados por si só.
Raí, "O" gramático! Obrigada pelo comentário!!! hehehe
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